segunda-feira, 29 de janeiro de 2007

Como se deve tratar uma mulher?

Para Mônica Barros Monteiro.

Essa pergunta chegou sorrateiramente aos meus ouvidos às 9h30 da manhã de uma quarta-feira de primavera. Bom, não sou nenhum Don Juan ou Casanova, mas posso facilmente mostrar o meu bom trato a quem se interessar.
Como Di Cavalcanti, Vinícius de Moraes ou mesmo Márcio Rubens Prado, meu maior mentor, fiz um pacto logo após nascer, que só viria a entender lá pelos meus três anos de idade, quando me encantei pela primeira vez por uma dona, ou melhor, uma doninha. Desde então, apaixonei-me inúmeras vezes e todas as mulheres que passam na minha vida, deixam sempre um pouco de delicadeza, ternura e cumplicidade.
A primeira coisa que uma mulher precisa é de uma overdose de carinho e atenção. A que diz não suportar mimos, ou está mentindo ou não quer especificamente os seus. Das duas, uma. É preciso saber ouvir, não só apenas escutar e estar ali, mas entender o que ela quer, o que ela quer dizer. (Sempre é um pouco complicado. Mas é preciso a atenção como a de um velho amigo).
Tem-se que exercitar os olhos, para que estes, afiados, estejam na mira dos desejos femininos, sejam eles quais forem. Aliás, quanto mais apurado for o olhar, mais surpresas ela terá. E o que há de melhor na vida do que uma boa surpresa? Bom, talvez duas, ou três. Flores, vinhos, guloseimas, poesias, jantares à luz de velas, abrir a porta do carro, pagar uma ou outra conta de bar, esperar ansiosamente ela chegar... Tudo isso conta ponto a favor e é de bom agrado. Nunca, nunca deixe essas coisas de lado. E lembre-se, o verdadeiro homem gentil o faz despretensiosamente.
Nunca seja indiferente e caso ela comece a chorar (e ela vai) tenha verdadeira sede de suas lágrimas e ofereça o peito com segurança para o seu consolo. Pode ter certeza, um dia você precisará de seu colo. Não a deixe saber, nem por um minuto, o que é solidão. Esse sentimento lúcido esfria o amor e faz com que a mulher se feche cada vez mais em seu mundo de aflições e, nos casos mais extremos, encerre sua participação no amor.
E, não se esqueça, 99,9% das mulheres são dignas das coisas mais lindas desse mundo e merecedoras de palavras leves e amáveis. No mais, tenha as mãos prontas para o carinho, os braços abertos para o amor e a boca sedenta para desejo.



Daniel Rubens Prado,

Primavera de 2006.

Imagem: Flor de Mujer,
Susana Lorraín.

3 comentários:

Anônimo disse...

nhoihbnçoiunjçoi

Anônimo disse...

Feliz sou eu, a Mônica que lhe inspirou a dizer coisas tão puras e verdadeiras...quisera eu ter tido a oportunidde de conviver com homens tão sensíveis e gentis como este meu querido Daniel Prado.

Anônimo disse...

lindooo
vc é nosso vinicius : ) - mineiro