Aceitemos o tempo que passa,
A lágrima que escorre,
Para que não haja mais desencontros.
Para que não aconteça o abandono supremo
E não nos tornemos escravos de nós mesmos.
Deixemos que a ausência se certifique
que o que fascina e ilumina
É amor, e não descontentamento.
O tempo passa.
E, dentro de seus segundos,
perdemos horas.
E tanta coisa mais...
Perdemos até aquilo que ainda não tivemos.
Mas a ilusão permanece. Nossa doce ilusão.
E dos sonhos, do que remanesce, renasce o carinho,
que recria outros tantos encantos
e mil outros desejos quanto precisos.
Para entender do amor e seu tempo,
basta estender as mãos num gesto despojado
de quem sabe que carinho dado
nunca deve ser cobrado.
A lágrima que escorre,
Para que não haja mais desencontros.
Para que não aconteça o abandono supremo
E não nos tornemos escravos de nós mesmos.
Deixemos que a ausência se certifique
que o que fascina e ilumina
É amor, e não descontentamento.
O tempo passa.
E, dentro de seus segundos,
perdemos horas.
E tanta coisa mais...
Perdemos até aquilo que ainda não tivemos.
Mas a ilusão permanece. Nossa doce ilusão.
E dos sonhos, do que remanesce, renasce o carinho,
que recria outros tantos encantos
e mil outros desejos quanto precisos.
Para entender do amor e seu tempo,
basta estender as mãos num gesto despojado
de quem sabe que carinho dado
nunca deve ser cobrado.
Poesia: Daniel Rubens Prado.
Imagem: Tear, por Yxia Olivares.
8 comentários:
qdo perdi um amigo encontrei esse escrito de Drummond:
"Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim."
seu recado sobre o tempo me traz o mesmo aconchego.
bjs
Lis
Confortante e incômodo :( O tempo, a ausência e a dor têm aprontado comigo...bjos
Poesia limpa o suficiente para o leitor conhecer o estilo do poeta - e...fazer poesia não é isso? o poder de mexer lá dentro da gente a cada palavra? Creio que sim. Quando o poeta consegue fazer o leitor sentir seu hálito "ao pé do ouvido" ele FAZ poesia. É o caso. Lembrar de quem quer que seja durante o soprar de "Recado sobre o Tempo" é impossível pois o escritor nos cercou de emoção personalizada.
Dotinha,
Tive a deliciosa oportunidade de escutar este poema lido por vc. Meus olhos encheram de lagrimas, meu coração esquentou e tive a nítida sensação que foi escrito pra mim. Doce Ilusão.....rsrs
Mas se pensar no momento que estou vivendo,da sua leve e constante presença na minha vida, na tomada de consciência sobre a ausência e no desprendimento sobre o amor.....posso pega-lo emprestado...
Amo este meu amigo poeta
joujou
Dan,
Eu não tive a mesma sorte que a Joana.Vc não leu esse poema pra mim rsrsrsrs
Mas acho que faço parte desse "tempo" que nos envolve trazendo e levando um pouquinho de nós...
lindooo vc
Joujou eu tbm amoooo esse poeta.
Beijosss
Delicado e doce... como vc!
Que lindo, Dan. Já imagino você falando essas coisas, é uma doçura, assim como vc é! Esse jeitão ótimo boêmio de ser, você herdou de Seu Prado e cultivou com muito carinho, na minha opinião.
Tempo de amar é toda hora né? Abraços!
Dani, que bom ler você e sentir o desabrochar de um grande poeta que a meu ver está pronto.
Quanto sentimento, ternura, verdade e amor!
Beijos e continue a nos encantar com suas letras.
Filho de peixe.....
Romi
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