terça-feira, 17 de agosto de 2010

O gorjeio da alma


A noite cai
Meus olhos serrados ao alto
Vejo o que os olhos
Não poderiam ver
À luz do dia

O silêncio
Os passos na calçada
A luz que perpassa
Por entre a janela

A triste rua
O corpo vazio
O olhar cego
E a voz temporã

Eu olho para o lado
E vejo o futuro
A alma pura e secreta
A luz que gorjeia
Na mais bela flor
Poesia: Bruno Grossi.
Imagem: Vagner Luiz.

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