Era eu e ela. Ela parada como curiosa em minha frente e eu completamente assustado e ansioso tentando o desenrolar do instante. Foram aqueles olhos me investigando que me tiraram o tino.
Eu, de preto. Aparatos técnicos, bolsas, lentes e uma vontade imensa de obter um algo a mais que apenas uma lembrança.
De pés descalços e catarro no nariz, ela. Tinha também um velho brinquedo no colo. Fiquei sem rumo; suei. "Será que eu peço? Será que eu faço?"
E a coisa estranha, talvez o errado era eu. A cabecinha mexia, pra lá, pra cá. Antes ela sair correndo e colocar um fim naquele sufoco angustiante que ficar ali esperando alguma coisa. Armei, preparei e fiz a foto.
E ela, "obrigada moço".
Texto e imagem: Bruno Sales.
3 comentários:
E ela agradeceu sem saber que o dono do privilégio era o moço da vontade, preto, bolsas, lentes e o tal aparato.
Simples. Por isso tão belo. Momento abençoado!
muito feliz de ver meus amigos sentindo tantas coisas. um beijo de longe...
Lindo...
Obrigada "moço"!
Izabela.
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