Papo de Anjo
A Carlos Drummond de Andrade.
Quando nasci, um anjo gauche
Desses que vivem à sombra
Dos acontecimentos
Disse: "Vai, Daniel! Ser torto na vida".
Nunca mais me esqueci desse solfejo,
Que volta sempre a me embriagar.
Levo a noite no dia,
E, aos poucos, ao anjo obedeço.
A madrugada vira meu norte.
Quando o escuto, sou forte.
Menino, crente, devoto,
Vôo em frente, sem corte.
Daniel Rubens Prado,
Outono de 2007.
Imagem: Marcelinha Pennylane,
Correspondente Rio de Janeiro.
Um comentário:
Danielzinho combina tanto com tudo isso junto!
Belo, muito belo, Dandan...!
um brinde a essas e outras.
beijo grandão!
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