Fã de The Doors e do poeta Jim desde garoto, comecei a me interessar por poesia escrita aos 17 anos, quando me apaixonei por uma menina no colégio. Na época, ela era muito mais que uma Pamela Courson (Mulher de Jim). Então, precisava chamar a atenção dela de algum modo. Arrisquei alguns versos e, quando menos esperava, após declamá-los olhando para seus olhos, estava vivendo um romance. Acabou sendo um romance bem rock’n’roll, com direito até ao ódio ferrenho de seus pais.
Desde então, a poesia tomou proporções inimagináveis na minha vida, que passa longe de ser apenas uma "arma" para a conquista. Passei a me interessar cada vez mais por poetas e seus mundos ímpares. Pelo gosto pela poesia, sempre fui surpreendido por dicas de amigos, como a do Seu Tarcísio, pai do Fred, que me indicou a leitura de "Uma Temporada no Inferno", de Jean-Nicolas Arthur Rimbaud. Ele disse que eu iria gostar. Palpite feliz! Tiro certo! Adorei "Uma Temporada no Inferno" e outras coisinhas de Rimbaud que acabei achando pela Internet.
Por isso e por outras, fiquei surpreso ao me deparar com "Os Poetas Rebeldes", de Fowlie. Fiquei tão empolgado que acabei comprando mais dois livros para presentear dois compadres meus. Com as devidas dedicatórias, os entreguei já à espera do certeiro sorriso. Ao ler o livro, ainda resgatei uma rebeldia incontida que não experimentava desde os meus bons anos 90 onde, entre um trago e uma dose, cantava baladas como "Break on Through", aos berros, junto a Jim e meus comparsas.
Daniel Rubens Prado,
Outono de 2007.
"O poeta torna-se vidente através de um longo desregramento de todos os sentidos" Rimbaud
Outono de 2007.
"O poeta torna-se vidente através de um longo desregramento de todos os sentidos" Rimbaud
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