sexta-feira, 22 de junho de 2012

Aves e árvores


Aprendi com minha mãe sobre as aves e a vida.
Toda árvore, ave espera, para depois ver voar.
Cresci com as quedas das folhas.
Feito deserto com sede, assuntei igual estátua de garça, e, de graça,
viver, aprendi.
Senti-me peixe, carregando o rio dentro de mim.
Meus olhos se preencheram de beleza.
Tudo era movido pelo desmedido e, na medida que crescia,
Meus olhos já não cabiam de belezas,
Então, comecei a derramar... minhas escritas.

 
Poesia: Luiz Dias.
Imagem: Ewa Zauscinska.

2 comentários:

Maria disse...

Linda poesia!!! Fecharei minha sexta com a aura bucólica desse texto!

Ewerton Martins disse...

Meus olhos também um dia já não cabiam de belezas, e a escrita foi a saída. Belo poema.