terça-feira, 19 de junho de 2012

Seu nome

Desce a neblina, você está gelada,
seus olhos perto dos meus,
desconheço seu nome.

Invento uma regra, repudio seu frio,
ofereço um presente, um moletom sem cor,
o arlequim se vai, sou eu quem lhe beijo.

Te dou um circo, você aceita
e olha de frente todos os monstros,
mas leva de lá a alegria dos palhaços.

Descobrimos em roupa e alma
que o que era tácito foi dito.

Hoje eu sei seu nome.
Poesia: Bruno Sales.
Imagem: Rafael Godoy.

2 comentários:

Adriana Godoy disse...

Muito lindo, forte, triste. Inominável por assim dizer. Vem da alma, do coração. Gostei muito, Toco. beijo

Dâni Éla disse...

Gostei muito, Brunim! Esse seu poema faz meu tipo! Essa conclusão ficou linda demais:
" Descobrimos em roupa e alma
que o que era tácito foi dito.

Hoje eu sei seu nome. "