terça-feira, 16 de outubro de 2012


Dois pra lá, dois pra cá
gira, rodopia, expande
estira os braços lânguida e flutuante.
...ela dança.

Contrai, introspecta,
sente, grita-dói, chora,
fuzila com os olhos a plateia a sua volta.
...ela atua.

Fecha os olhos, gargareja o mar
oitava, falseta, balbucia
solta o cio ao vento, irrestrita. Maldita.
...ela canta.

E sem mais ânsias sequer
E sem mais delongas sobre esta mulher:
Ela é.


Poesia: Gigi Favacho.

Um comentário:

Ewerton Martins disse...

Os malditos (e as malditas) são os melhores.