
Do porto espero o aproximar de cada navio
Cada nau a vela turbinas
Mastros ao vento na brisa desse outro outono
O torpor aumenta a cada constatação
Não chegaste
Procuro-te junto à amurada
Mas nesse outro outono
Nada
Lembro-me da partida
Anseio pela chegada
Já disseram que cada partida é uma morte
Morrer no mar
Ao sol ao sal ventos do índico
Guia-nos em direção a história
De guerras de mundos longínquos
De homens deuses resolutos em tua ignorância
De gerir teus compatriotas
Subordinando nações inteiras
A resoluções ambíguas
Mutilações do raciocínio lógico
Dos valores dignos por vícios de poder
Navios por tempos tornam-se casas
Lares da tripulação dos homens do mar
Comandantes trapaceiros jogadores damas
De saias de copas cozinhas salões
A áspera angústia
Tênue linha entre a saudade e a renúncia
A sombra das palmeiras que dividem
Cada nau a vela turbinas
Mastros ao vento na brisa desse outro outono
O torpor aumenta a cada constatação
Não chegaste
Procuro-te junto à amurada
Mas nesse outro outono
Nada
Lembro-me da partida
Anseio pela chegada
Já disseram que cada partida é uma morte
Morrer no mar
Ao sol ao sal ventos do índico
Guia-nos em direção a história
De guerras de mundos longínquos
De homens deuses resolutos em tua ignorância
De gerir teus compatriotas
Subordinando nações inteiras
A resoluções ambíguas
Mutilações do raciocínio lógico
Dos valores dignos por vícios de poder
Navios por tempos tornam-se casas
Lares da tripulação dos homens do mar
Comandantes trapaceiros jogadores damas
De saias de copas cozinhas salões
A áspera angústia
Tênue linha entre a saudade e a renúncia
A sombra das palmeiras que dividem
Os muros do porto e as águas do mar.

Texto: Pablo Casarino.
Imagem: Waiting for breakfest - Tate Hamilton.
Imagem 2: Pablo Casarino.
Imagem: Waiting for breakfest - Tate Hamilton.
Imagem 2: Pablo Casarino.
3 comentários:
Que belo poema! Tem o peso da história, é forte e rápido, como deveria ser.
Parabéns, Pablo.
Belo poema, forte e lírico, sem pieguice.Parabéns.
Maravilhosa poesia
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