sexta-feira, 20 de março de 2009

OBRA


tenho a noite para construir
com minhas ferramentas vis:
cigarro, álcool, e minha roupa caída

o som, da obra, me tira o tino
e me faz não querer o sol
logo após a escada urbana

sou mais um no sfumato cinzento
e quero mais que o prazer viril
quero ter punhos, tijolo, cimento

e cumprir a meta soturna:
outro amor, outra mentira e a certeza
de uma noite com começo e um quase-fim

5 comentários:

Nine disse...

muito lindo....
amei....
abraço...

Adriana Godoy disse...

Sua cara, pequeno ser! Gostei.
"e cumprir a meta soturna:
outro amor, outra mentira e a certeza
de uma noite com começo e um quase-fim"

Anônimo disse...

Mais uma vez a obra rende bons versos. Lindo texto!

Anônimo disse...

parte do fim de semana nunca morre

Bruno Sales disse...

Adriana, Nine, Lício e amigos do Eutanásia... obrigado pelos comentários... aquele inferninho tem mesmo uma coisa a mais, algo estranho que faz a gente ficar remoendo e, ao mesmo tempo, querendo voltar lá. Eta buraco quente, sô!

Abraços e beijos.