sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Adeus!


Não durmo. Permaneço infame em seu precoce adeus. Continuo com seus braços. Em seus abraços. Seus lábios, em leves movimentos, pairam firmes no pensamento. E já não há lamentos. São saudades, tormento e falta. Folia ébria de quem não quer deixar o que já foi e será. È resistência ao desamor.

Você sobe as escadas, procura a chave. A porta entreaberta. O amor, curioso e gentil, espera...

É de manhã. O domingo nasce entre a favela, a serra e a cidade. Faz frio e o cobertor não me aceita. O cigarro é aceso entre goles de vodka e letras de poesia que doem os olhos e o cotovelo.

É primavera! Mas meu peito inverna em melodias tristes.
Imagem: Underwater Rose.
Por Freg.

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