terça-feira, 12 de junho de 2012

Agora que não há mais a esperar...


Minha boca foi silenciada
A espera prontamente interrompida
O amanhã se rendeu ao hoje
Nenhuma mais palavra foi proferida

Meus sentimentos foram congelados
Como granizos que subitamente caem
Batendo placidamente nos vidros
E tão logo se esvaem.

Meus olhos pesadamente se abrem
Espreitando-se em direção ao infinito
Prossigo e persigo um rumo qualquer
Guiada por um silencioso grito

Sinto-me acalentada pelo desconhecido
Me jogo e recuo, recuo e me jogo
Como vibrações sonoras
Entoadas por um peito oprimido

Na vastidão de possibilidades provisórias
Me perco nas beiras turbulentas do furacão
E me acho na calmaria do seu centro
E tudo se torna novamente uma opção.

E me lanço para fora
Ao meu tão esperado reencontro.
Poesia: Alessandra Hallak Lombardi.
Imagem: Kátia Lombardi.


3 comentários:

Joana disse...

Lindíssimo!!! emocionante, difícil e delicioso!!!...eis o caminho...

Paty Tavares disse...

Ale, adorei, não conhecia esta faceta!
Vá fundo ...
Bjss
Paty

Alessandra disse...

Obrigada queridos(as), é uma honra e alegria estar aqui nessas páginas negras e inspiradoras. Bjs a todos,
Alessandra.