Os caminhos do meu corpo
Que percorres tão íntimo
São como os versos do teu poeta
Que de preferidos, sabes de cor.
Que percorres tão íntimo
São como os versos do teu poeta
Que de preferidos, sabes de cor.
Da nuca à medula
De frios mornos
Molham-me os cabelos
De grito e rouco
O que te escapa, murmuras
Somente em meus ouvidos.
De frios mornos
Molham-me os cabelos
De grito e rouco
O que te escapa, murmuras
Somente em meus ouvidos.
E me olhas como um bicho
De fomes que só eu sei,
E me mordes a ponta dos suspiros
Que havia de muito não dei.
De fomes que só eu sei,
E me mordes a ponta dos suspiros
Que havia de muito não dei.
E de olhos fechados
Te percorro
Os caminhos escondidos,
Te percorro
Os caminhos escondidos,
Por onde há muito andei.
Enlaço-te de coxas
E tu atas-me o quadril
E me beijas os anseios
Ao que meus dedos tocam os teus.
E tu atas-me o quadril
E me beijas os anseios
Ao que meus dedos tocam os teus.
E vamos além
Onde deus não permite
Mas Veritas se faz
E o suspiro que nos escapa,
Dionísio
Qual morfina em nossos corpos se apraz.
Onde deus não permite
Mas Veritas se faz
E o suspiro que nos escapa,
Dionísio
Qual morfina em nossos corpos se apraz.
Repouso-me em teu peito
Teu corpo se faz pele e pêlo
O meu, febre e medo
E mesmo nos desencontros
que tu sabes,
Querido
O meu tempo se encontra
com o teu.
O meu, febre e medo
E mesmo nos desencontros
que tu sabes,
Querido
O meu tempo se encontra
com o teu.
Poesia - Christianne Oliveira.
Imagem - Autor desconhecido.