Aprendi com minha mãe sobre as aves e a vida.
Toda árvore, ave espera, para depois ver voar.
Cresci com as quedas das folhas.
Feito deserto com sede, assuntei igual estátua de garça, e, de graça,
Cresci com as quedas das folhas.
Feito deserto com sede, assuntei igual estátua de garça, e, de graça,
viver, aprendi.
Senti-me peixe, carregando o rio dentro de mim.
Meus olhos se preencheram de beleza.
Meus olhos se preencheram de beleza.
Tudo era movido pelo desmedido e, na medida que crescia,
Meus olhos já não cabiam de belezas,
Então, comecei a derramar... minhas escritas.
Poesia: Luiz Dias.
Imagem: Ewa Zauscinska.
Imagem: Ewa Zauscinska.
2 comentários:
Linda poesia!!! Fecharei minha sexta com a aura bucólica desse texto!
Meus olhos também um dia já não cabiam de belezas, e a escrita foi a saída. Belo poema.
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