sexta-feira, 27 de janeiro de 2012



Eu que vivia poesia
Outro tempo senti que ela corria de mim
Corri atrás da poesia, como quem apenas corria
E ela fugia, numa corrida sem fim

Então um moço disse que de tanto se esforçar
Só fazia afugentar poesia
Que poesia é passarinho,
que de pouquinho em pouquinho
Se deve esperar,
Que era só se fazer de poleiro,
que sem assombro
ela viria pousar no meu ombro


Poesia: Kamilla Mota.
Imagem: Luiz Ventura.

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