
o coração flechado
e as canções de amor ordinárias
que soam odes personalizadas
Palavras que não logram
a expressão das juras
excessivamente ditas
ou excessivamente mudas
Perna dobrada para trás ao falar ao telefone
iniciais riscadas na parede com uma chave
fantasias diurnas de encontros etéreos
fantasias noturnas de choques corpóreos
e suspiros e vertigens e milongas –
o comportamento costumeiro
do amor quando desponta
Ó pobres corpos
ridicularizados por hormônios!
Pobres de vocês e de nós
que pensamos ser budas
peixes que somos
controlados pelos eixos
do ciclo da lua
Maré, infalível
metáfora do amor.
3 comentários:
eita lu! sempre bom demais te ler. na verdade te ler é mais difícil, fácil mesmo é ler seus textos! rsrs! vida longa ao seu lirismo, querida!
Ei Marcelinha! Brigada pela pronta leitura de sempre, essa fidelidade literária! Espero que eu possa ficar mais legível aos seus olhos... Beijo.
Fascinante, envolvente,erótico, apaixonante, belo, minha bela! Beijo
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