sexta-feira, 16 de setembro de 2011

O Escuro



Na poesia há tristeza
Ela amarga
Ela fere

Uma febre
Vertiginosa
O consome

Teu corpo sai
Das entranhas das palavras
Uma poesia feita de dor

Imóvel, estática
Como o labirinto
Dos incompreendidos

Sem dizer o seu nome
Sem fugir dos seus pensamentos
O abismo o aguarda
Desumanizando a solidão

O escuro o trai
Como uma pedra
No deserto melancólico
De seus versos


Poesia e imagem: Bruno Grossi.

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