sexta-feira, 22 de outubro de 2010


O que eu sinto é um nada.
É um nada cheio de inquietações e dores se retorcendo dentro de mim.
É um grito feio, gutural, fétido e nojento.
Quero me afastar de mim.
Preciso.
Não sei por que os caminhos sempre levam ao mesmo lugar.
Estou sempre de volta ao ponto de partida.
Não posso mais percorrer as mesmas veredas se elas não me fazem chegar aonde eu quero.
Eu sempre busquei pelo mar, pelo sol, pela claridade.
Hoje só quero que meus passos me levem a algum lugar onde ainda não fui.
Por onde andará a minha alma?
Meias verdades.
Sempre meias verdades.
Ainda não conheço o fundamental das coisas.




Texto: Marcela Chaves.

7 comentários:

Cateb disse...

Por onde andará?? Se a encontrar, traga de volta!

Marcia Bueno disse...

Fantástico! Por isso que eu amo demais! Parabéns Tchela pelo texto e Dani pelo projeto que fica cada vez melhor! bjs

Leo disse...

Toda partida é uma chegada e vice versa.Caminhemos por onde nunca andamos antes!Fundamental será só mesmo o amor?

Anônimo disse...

Parabéns Marcela. Adorei. O que me fez ler foi por dizer algo do nada, vazio sem explicação...que no final, dizem muitas coisas!

Simone Viana.

Val Prochnow disse...

que delícia te ler desse jeito, Tchela... Lindo lindo, orgulho profundo!
amo
Val

b'slt disse...

Que poema! daqueles de suspirar depois... Fico me perguntando se a gente é que bota na cabeça que as coisas tem que ser de um jeito (jeito que elas nunca são) e acabamos por nos ver sempre como errantes... pergunto isso pelas visitas constantes ao "lugar-comum", às velhas questões, ao "lá vamos nós de novo"..., "que droga!".
Que confusão, não quero explicar a poesia, ela só me tocou bastante. Que linda, Dona Marcela. Que coisa realmente linda!

Aline /B. disse...

Marcela, esta é minha primeira visita ao site, quero conhecer o projeto mas, de antemão, gostaria de parabenizá-la pela capacidade de traduzir com tanta 'alma' uma inquietude que não é só tua... Parabéns!! Abraços,