terça-feira, 13 de maio de 2008

Tamborzinho de guerra, não!

Outro dia, conversando com amigos durante o almoço, uma teoria me tirou o ar. Um colunista de um determinado veículo de comunicação constatou que existem dois tipos de pessoas: as que vêm ao mundo para transformá-lo e aquelas que são responsáveis por fazer volume, procriar. O papo rendeu bons argumentos e, entre eles, o de que, para alguns, não há mais vez. Pronto, era tudo o que eu temia. Essa idéia me perseguiu durante toda a tarde atribulada de serviço. E agora? Quando a gente sabe se faz parte do primeiro ou do segundo grupo? Com meros 23 anos, será que ainda posso escapar desse destino fatídico de não contribuir para fazer do mundo um lugar melhor de se viver?

Até agora não consegui criar nada de útil para humanidade, nem fui capaz de disseminar teorias que ajudem na compreensão e evolução do ser humano. Bom, nem inventora, nem filósofa. Pra tentar me consolar dessa lista tão divergente, me dei o luxo de criar uma nova categoria. Daqueles que não nasceram para povoar e que sim, fazem a diferença, mas para o mal. É, existem esses também. Bush, Sadam Hussein, José Dirceu, grandes gênios. Pensei, não sei se é vantagem não integrar esta classe, mas já é alguma coisa. Foi então que refleti um pouco mais e percebi que também não escapo. Não sou de economizar água, deixo luzes acesas, jogo guimbas no chão, uso saco plástico, sou egoísta, não faço caridade, pra citar. Não sou nenhum Hitler, mas faço a minha parte. É pouco, talvez, mas de grão em grão...

A situação realmente é pior do que eu imaginava. Mas quem sabe as pequenas atitudes que temos no dia-a-dia contribuam para mudarmos a vida de quem está ao nosso lado. Posso não ser nenhuma sumidade, mas talvez minhas idéias, não praticadas, influenciem àqueles que concretizam planos. Ou então o carinho, amor e amizade que ofereço fortaleçam os que precisam e os façam confiar mais em suas ações e em si mesmos. Enfim, se a cada dia eu puder fazer uma pessoa mais feliz, então estarei bem. Desculpe-me caro colunista, mas é dessa lista que quero fazer parte. Se isso não contar... Bom, é melhor eu ter logo um filho.

Texto: Bella Grossi.

Imagem: Asboluv.

7 comentários:

Anônimo disse...

rs...amei Belinha!!!'Além de descontraído e gostoso de ler, é legal reconhecer a nossa responsabilidade nas coisas não tão boas que acontecem no mundo e, também, o potencial que temos para o bem! Beijo grande! Saudades..

Leo Dias disse...

noh... mto bom mesmo! nos faz refletir sobre o "estar no mundo".
parabéns

Anônimo disse...

Belinha,

adorei o tema, sua dissertação, e sua conclusão. Nunca saberemos ao certo o porque, mas o que importa é semear as boas e dignas intenções até concretizarmos algo realmente benéfico a todos!
bj

Rebecca M. disse...

Você acabou de me fazer feliz!

Bjos!

Anônimo disse...

ah, Belinha, muito bom, muito bom! menina, vez ou outra eu também me pego pensando, q q a gente faz?
adorei!
beijos grandes e bora logo fazer alguma coisa - antes de botar filho no mundo, hahah!

Anônimo disse...

Fazer a diferença não significa descobrir a teoria da radioatividade contida no vácuo, nem inventar uma máquina de teletransporte semi-leito. Fazer a diferença é nos descobrirmos a cada dia, ne certeza de que sempre podemos nos tornar pessoas melhores. É exercitarmos a capacidade de ajudar as pessoas ao nosso redor a acreditarem que elas são, de alguma maneira, especiais.

.ludmila ribeiro. disse...

belinha!

tenho uma outra teoria parecida com essa, mas são 3 os tipos de pessoa: as que usam a criatividade para traçar novos e bons caminhos;

os que criam caminhos de dominação para uma grande maioria e...

as pessoas que querem escolher caminhos abertos por outros - bom ou ruim aí vai da intenção de cada um.

a sua intenção está aí bem colocada.. bons ventos sempre te levarão!

beijocas da lud que vem em quando passa por aqui e relembra com muito carinho os tempos de puc sg