sábado, 3 de fevereiro de 2007



DA MORTE DA PARTE DE TODOS


Vai, Narciso!
Vai...
Senta-te em teu trono
De vaidades
Enxerga o outro
Pelo ângulo do teu umbigo...

... E fica imóvel:
- Espelho fixo
E admira
- Espelho mente
Tua estética
- Espelho demente
Perfeita solidão

Até que um dia
A Morte chega
Também solitária
Porém discreta:

Vulto preto
- Espelho não enxerga
E aí...
Só restará de tua beleza
O mesmo cheiro de toda carne
Podre:
- Espelho quebra


Poesia: Valéria Prochnow.
Imagem: Broken Mirror,
Deb Stoner.

Mais em www.absolutearts.com.

2 comentários:

Anônimo disse...

Viva as poetas!!!

Anônimo disse...

lindo.
meus singelos parabéns...
D;