O ócio atormentado erige a pena que, seringa cheia de um suor que escorre por dentro, investe palavras contra a alvura do papel tornando-o mais puro na media que macula.
O tormento provém do que fere a alma, sangra os princípios e derruba os dogmas tão arduamente construídos com a brisa que a musa, êmbolo precípuo de tudo, forma simplesmente por existir.
A musa, parto inverso (nasce pra dentro), violenta a vítima cingindo a navalha que causa o corte, que causa a dor, que causa o texto, que se finge de cura.
Cura que entorpece ao mesmo tempo que vicia.
Maquiagem que morfina,
Morfina que disfarça,
Morfina que vicia,
Morfina que me nina.
Texto: Igor Kolling Maciel.
Imagem: Fahad Alkadi.
Imagem: Fahad Alkadi.
Um comentário:
É de fato assim.
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