sexta-feira, 22 de outubro de 2010


O que eu sinto é um nada.
É um nada cheio de inquietações e dores se retorcendo dentro de mim.
É um grito feio, gutural, fétido e nojento.
Quero me afastar de mim.
Preciso.
Não sei por que os caminhos sempre levam ao mesmo lugar.
Estou sempre de volta ao ponto de partida.
Não posso mais percorrer as mesmas veredas se elas não me fazem chegar aonde eu quero.
Eu sempre busquei pelo mar, pelo sol, pela claridade.
Hoje só quero que meus passos me levem a algum lugar onde ainda não fui.
Por onde andará a minha alma?
Meias verdades.
Sempre meias verdades.
Ainda não conheço o fundamental das coisas.




Texto: Marcela Chaves.